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O ano nasce outra vez



As semanas que antecedem o Natal e o Ano Novo são, para a grande maioria das pessoas, o período de praticar a solidariedade, de reviver as tradições, de reunir as famílias e os amigos para trocar presentes e compartilhar momentos agradáveis. É o período de maior proximidade com os outros e, também, um momento de maior reflexão sobre a vida.

Quem ao ver a árvore de Natal ou mesmo o Papai Noel não se reporta a um momento do passado? Não há como evitar voltar no tempo e reviver momentos marcantes, felizes ou nem tanto, mas, sem dúvida, é a época em que as pessoas mais se voltam para si mesmas e para os acontecimentos de suas vidas.

É o período em que fizemos um balanço das nossas vidas, do que conseguimos ou não realizar. Para muitos, o ano que termina foi recheado de acontecimentos favoráveis, festas, formaturas, casamentos, nascimentos, novos amores. Por outro lado, para aqueles que o ano não foi bom, deve dar um certo alívio ver o seu término.

Mas o mais importante de tudo é que nesta última semana do ano, tanto para aqueles que o ano foi maravilhoso quanto para aqueles que o ano foi difícil, há a esperança de um novo começo. No dia 31 de dezembro, à meia-noite, cruzamos um portal imaginário, com a certeza de que tudo será diferente e novas oportunidades surgirão. É o que muitos chamam de o milagre da esperança. Mesmo que a esperança seja muito mais presente nas crianças, nessa época do ano ela aparece mais viva nos adultos, o que nos torna mais sensíveis, mais solidários e mais humanos.

A esperança tem esse poder, o de nos fazer acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. A única coisa que a esperança não pode fazer é trazer quem foi especial para nós, mas que já partiu. Mas ainda sobra uma coisa boa, que são as recordações dos momentos que compartilhamos e quando os recordamos ficamos felizes por termos a capacidade, mesmo que, por breves instantes, de revivê-los.

Por mais difícil que tenha sido 2017, por mais estranho e confuso que pareça o mundo, com tantos atentados terroristas, com pessoas destilando ódio pelas redes sociais, com famílias deixando seus lares em busca de novas oportunidades, com tantos escândalos políticos, pelo menos por breves momentos, vamos ter esperança de que serão encontrados caminhos para resolver todos esses problemas no ano que se inicia. E mesmo que não possamos trazer de volta os que partiram, vamos seguir em frente fazendo que as boas recordações afastem a tristeza e sejam o impulso para irmos em busca de dias mais felizes.

Que 2018 possa ser um ano de esperança, de recomeço e de boas recordações. Feliz Ano Novo!


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